Esta é uma teoria prática, mais extensa e integradora. É definida como uma estratégia com um processo de transformação, pois as organizações são percebidas em forma de agrupamentos de características e comportamentos, com cada configuração em seu próprio lugar. A fim de transformar uma organização, ocorreria a mudança de uma configuração e conseqüentemente a mudança estratégica.
Os estados sucessivos de configuração e períodos de transformação podem se ordenar ao longo do tempo em seqüências padronizadas, por exemplo, descrevendo ciclos de vida de organizações.
Com o processo de transformação e a formulação de estratégias, ocorre a interação com outras escolas e a organização deve reconhecer, periodicamente, a necessidade da transformação e ser capaz de gerenciar esses processos sem que a organização seja destruída, devido ao grande salto.
Um bom exemplo disso seria a empresa Tenda, pois ela atualmente esta no processo de transformação para assim adequar-se em todas as etapas da administração estratégica.
A escola ambiental auxilia na demonstração do equilíbrio em uma visão global da formação de estratégia, o posiciona o ambiente ao lado de três forças centrais, o processo, a liderança e a organização, que descreve diferentes dimensões dos ambientes estratégicos.
O ambiente é o agente principal no processo de geração da estratégia, a organização deve participar do conjunto de forças gerais e garantir uma boa adaptação.
As organizações se agrupam em nichos diferentes do estilo ecológico, pois os estrategistas necessitam de descrições densas, com respeito ao tempo, aplicação e contexto.
Um bom exemplo seria a empresa Natura que mudou sua postura com relação ao meio ambiente e que refletiu no surgimento de uma
demanda por eco-produtos. Isso torna a introdução da questão ambiental na estratégia das empresas uma importante forma de construção de vantagens competitivas.
Coloque o poder de frente para um espelho e sua imagem reversa é a cultural. Enquanto o primeiro termo concentra-se em interesse próprio e fragmentação, o ultimo concentra-se em interesses comuns e integração – formação de estratégia como um processo social baseado em cultura, ou seja, é a união de uma coleção de indivíduos integrada dentro de uma organização.
A cultura pode ser estudada sob o ponto de vista de algumas pessoas de fora ou dentro da organização, que assume uma posição objetiva sobre as razões pelas quais as pessoas se comportam como o fazem, as quais são explicadas pelo caráter único dos relacionamentos sociais e econômicos.
A formação da estratégia ocorre através de um processo de integração social, baseado em crenças e nas interpretações comuns aos membros de uma organização. A estratégia assume uma perspectiva coletiva e é refletida nos padrões pelos quais os recursos ou capacidades da organização são protegidos e usados para sua vantagem competitiva.
Um bom exemplo é a empresa Petrobrás que presa a cultura desde as pessoas que trabalham para a empresa até mesmo a cultura externa do pais.
A escola do poder, como o próprio nome já enfoca, é um processo que utiliza o poder e a política para negociar estratégias favoráveis a determinados interesses, com influência puramente econômica.
Podem-se distinguir dois tipos de poder o micro e o macro. O poder micro vê o desenvolvimento da estratégia dentro da organização como essencialmente político, um jogo de indivíduos e grupos. Já o poder macro vê a organização como uma entidade que usa seu poder sobre os outros e entre seus parceiros de alianças, como forma de relacionamento para negociar estratégias coletivas de seu interesse.
A formação da estratégia resulta de um processo de poder e política, seja como processo dentro da organização ou como comportamento da mesma com seu ambiente externo.
As organizações devem levar em conta que a estratégia do setor privado e a estratégia do setor público podem se influenciar e que em ambas a uma troca de poder onde, o do setor privado influencia no setor público e do setor público influencia no setor privado. Podemos dizer que ambos os setores tem tanto privado como público podem se utilizar da escola do poder, mas vemos que é mais nítido na setor público: órgãos governamentais, partidos políticos e entidades filantrópicas.
A escola de aprendizado caracteriza-se por acreditar nas pessoas e que as mesmas aprenderão ao longo do tempo a formação de estratégias. Parece uma idéia simples, mas sua prática torna-se difícil, pois é a primeira escola puramente descritiva, que se preocupa como as estratégias serão formadas dentro da organização.
Normalmente, a atuação ocorre em forma de grupos, que aprendem o respeito e capacidade de lidar com cada situação dentro da organização. É através do comportamento que se estimula o pensamento para que se possa compreender a ação.
O papel da liderança esta na gerência do processo de aprendizado, e o próprio líder em alguns casos é o principal aprendiz. A formação da estratégia também ocorre de forma coletiva, pois nenhuma autoridade central tem o direito de impor qualquer estratégia para toda a organização.
Podemos dizer que a maioria das empresas utilizam o conceito de escola de aprendizado, pois muitas delas oferecem treinamentos e faz com que seus funcionários tendem a aprender.
Nos anos 80, continuando até hoje, as pesquisas vêem desenvolvendo constantemente uma tendência cognitiva na criação de estratégias e em junção com o processamento da informação, mapeamento da estrutura e obtenção de conceito.
A escola cognitiva se caracteriza por compreender a visão estratégica a partir da mente do estrategista, que irá verificar a percepção das informações do ambiente pelas pessoas que ali se encontram.
A formulação da mesma se caracteriza mais por seu potencial do que por sua contribuição, pois na prática precisa utilizar melhor a psicologia cognitiva e em especial como se formam os conceitos na mente de um estrategista.
Um exemplo seria a empresa Vivo que utiliza a escola cognitiva para estudar conceitos, esquemas e estruturas para poder começar a divulgação no mercado.
A escola empreendora centra o processo em um único líder, porém incentiva a instituição a ter sabedoria e experiência. A estratégia, passou de projetos, planos ou posições para um foco mais central, a visão.
Esta visão serve como inspiração, pois é uma representação estratégica que foi criada na cabeça do líder como perspectiva do futuro da organização.
A estratégia é um processo baseado na experiência e na visão de forma decidida do líder, mantendo o controle da implementação, que tende a ser deliberado e emergente. Age em forma de nicho no mercado, protegendo-se contra a concorrência.
O conceito da escola pode ser aplicado em empresas mais novas que necessitam de estímulo e uma visão crítica do processo, pois as organizações precisam de líderes para sair de uma estrutura simples e tornarem-se organizações personalizadas.
Um exemplo seria a empresa Google que hoje é uma das maiores empresas do mundo e apesar das crises econômicas, continua em pleno crescimento. Os índices de produtividade dos profissionais são surpreendentes e a empresa a cada ano que passa consegue inovar, melhorar e criar novos investimentos, que por sinal trazem um retorno gigantesco.
